quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sou amante assumida e compulsiva de animais! Bom isso não é mais novidade pra ninguém que pelo menos me conheça um pouquinho. Andei me perguntando que cachorro eu seria...e não sei se influenciada pela minha vivência com uma, mas decidi que gostaria de ser uma pug (te amo Sophia).
"Bastante fiel ao dono, torna-se facilmente um companheiro inseparável, na verdade, acompanha-o para todo o lado mesmo sem ser convidado. O Pug demonstra-se extremamente sociável e rapidamente se enquadra e adapta a ambientes e pessoas estranhas. É considerado uma das raças mais dóceis."
Ta tudo bem que eu realmente não sou uma das pessoas mais sociáveis do mundo, mas é bem por isso que gostaria de ser uma pug, eles são os mais sociáveis mesmo..Sophia talvez tenha puxado a mim...não dá muita ousadia às pessoas, mas aos poucos vejo que meu caminho é ser mais "fácil"de lidar.
É uma raça chinesa, e como tudo que vem do lado de lá é meio estranho aos nossos olhos em uma primeira impressão, mas são incrivelmente apaixonantes, costumo dizer que só quem conviveu com um pug por pelo menos 24h vai entender o que estou dizendo: são extremamente apaixonados pela sua vida, pela sua família e por si mesmo! Tem vários momentos no dia, até mesmo o momento de reflexão sozinhos! São meigos mas não melosos, sempre digo Sophia tem senso de justiça, sabem o que querem, sabem do que gostam e são bem curiosos...Se sentem donos da casa se deixar e estarão sempre preocupados com o dono, ou donos porque não elegem preferidos! Aqui fica minha homenagem a minha eterna pug, Sophia, seu eu um dia for um cão, quero ser igual a você! ;)

De mim...



De mim, que tanto falam
Quero que reste o que calei
Que tanto rezam por mim
Quero que fique o que pequei
De mim, que tanto sabem
Quero que saibam que não sei...

Martha Medeiros

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sumi


Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008





Responsabilidade conceitual

Como estudante de design, minha área de interesse é o design de jóias. Assim procuro sempre sobre esse assunto, que é muito vasto e rico, mas infelizmente o acesso à informações é muitas vezes caro. Dentro das enormes possibilidades, o mundo da joalheria, pelo menos a ocidental, se contenta com uma vida comercial e baseada em valores que para mim não são quase nunca os principais.
As jóias, desde o início dos tempos,foram para o homem objetos que o ajudava a compensar as suas inseguranças fundamentais: a vaidade, a superstição e o desejo de riqueza material. A arte da joalheria é uma das mais antigas artes decorativas existentes: mais de sete mil anos se passaram desde que um ancestral do homem moderno resolveu utilizar conchas e sementes como adorno pessoal.
Muitas vezes, o estudo das jóias, consegue reconstituir melhor a história do homem através de suas crenças e superstições, costumes, estrutura econômica e conhecimentos tecnológicos do que outros materiais menos duradouros. Alguns objetos pessoais foram encontrados em época precedente ao período Paleolítico, na maioria dentes e unhas de animais, esqueletos de peixes, conchas... Nos ditos "povos primitivos" a raridade do objeto utilizado dava distinção àquele que o possuísse, mostrando a sua função social: líder, guerreiro, caçador...
Certos sociólogos chegam a afirmar que a peça de adorno precedeu a vestimenta, que, na verdade, os trajes derivaram desses ornamentos. Uma jóia era utilizada normalmente como fonte de deleite e beleza, mas não podemos negar sua íntima ligação com forças místicas. O homem primitivo tinha o cuidado de escolher o período para produzir peças de adorno, quando as estrelas se alinhavam em posições favoráveis e assim surgiam amuletos de poderes mágicos e protetores.
Atualmente, a joalheria contemporânea os valores principais agregados aos adornos são o luxo e o poder, e com isso se formou um pensamento de que só pode ser jóia se o objeto for constituído por um metal nobre e uma gema. Muitas vezes os designers se esquecem do contexto, da intensão, da mensagem a ser passada, e a jóia se forma linda, mas vazia de significados. Na atual condição natural do mundo, a visão para uma vida mais alegre, sustentável e leve deve ser vista como uma verdade e não apenas um modismo. Contando com essa realidade deve-se observar que os recursos naturais estão cada vez mais escassos, e que em todas as áreas é importante olhar para os materiais alternativos. No caso da jóia a variedade de materiais para serem usados é imenso, a prova disso são as bijuterias que estão cada vez mais valorizadas e se renovam a cada dia.
Um estudo sobre como a jóia irá ser usada, com que intuito, se existe uma necessidade ou apenas vontade de passar alguma mensagem é muito importante, e os materiais devem condizer com essa intensão. A revalorização da essência do objeto jóia, dá aos homens o sentimento de ser único ou dotado de sentimentos, significados e poder de comunicação. O maior problema da comunicação não é a comunicação em si, mas é como conferir-lhe maior valor. E a joalheria atual perdeu a noção da comunicação que seus objetos podem ter.
Existe outra questão, que é a material do ocidente, que busca sempre a reprodução em massa e a massificação da informação e da estética, que é em vários casos extremamente útil. Busca o tempo todo igualar as pessoas e cortar suas personalidade, salvo as exceções. Vejo que dentro da sociedade em que vivemos é muito difícil trabalhar com questões pessoais e com cargas culturais e de informação forte em produtos gerados de maneira industrial. A saída para estas experimentações é a busca de nixos de trabalho mais específicos, que visem a informação e o crescimento contínuo da cultura e valores regionais e pessoais.
É importante observar onde essa jóia se dispõe no corpo do usuário para assim estudar que material se comporta melhor esteticamente, energeticamente e até medicinalmente para então chegar às devidas decisões. Assim depois de um estudo de mercado, contexto, conceito e mensagem a ser passada toda a programação está feita e organizada. O resultado é um design responsável pelo que vende, pela ação do seu produto na vida da pessoa e pela mensagem que está passando. O mundo precisa de profissionais mais responsáveis, pessoas mais responsáveis e o design deve se comportar sempre se preocupando com os produtos que são inseridos no mercado. Num mundo onde a preocupação maior das ações sociais esta voltada para o descarte das coisas, o olhar deve se voltar principalmente para a aquisição, porque o mercado não aguenta mais objetos vazios e sem qualidade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

SERIA?




Lara Aguiar (jornalista) - O que dizer dos conflitos diários inerentes aos relacionamentos pessoais?


Clarice Lispector (não seria Gabriela Teixeira?) - Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. Quando o amor é grande demais torna-se inútil: já não é mais aplicável, e nem a pessoa amada tem a capacidade de receber tanto. Fico perplexa como uma criança ao notar que mesmo no amor tem-se que ter bom senso e senso de medida. Ah, a vida dos sentimentos é extremamente burguesa.